sábado, 2 de março de 2013

Fear.

Fico pensando em quanta coisa a gente abre mão pelo nosso medo. Até que ponto uma pessoa abre mão das coisas que ama, por puro e simples medo de agir. E será mesmo que vale a pena deixar a única coisa que te faz sorrir pra trás por orgulho? E esse orgulho, alguma vez, trás pra gente alguma coisa de útil, alguma conquista, algum benefício? 
Ego. Depois de tantos tropeços chega uma hora que o ego da gente fica tão ferido, que a gente renuncia. Ergue a bandeira branca e abandona a luta. Chega um tempo que a luta já não faz mais sentido, que não tem incentivo, força, vontade... Chega um tempo que você só quer deixar as coisas acontecerem, por mais ruins que sejam, e não se importa com isso. Você só quer que a vida passe diante dos seus olhos, e acabe rápido pra que você tenha uma chance de começar denovo. Porque tem certos investimentos que a gente sabe que trazem prejuízo. Por que investir em uma coisa sem fundamentos? Se após anos de luta a guerra só trouxe o sangue derramado e nunca a vitória? Tenho medo de viver. Acho a vida muito mais assustadora e imprevisível que a morte. E ainda assim lutamos para continuar nessa guerra. Mas até quando? 
Qual a possibilidade da vitória quando se entra numa guerra com armas brancas? Seria necessário a corrida contra o tempo para não ser atingido, baleado, derrubado. 
Acredito que os nossos corpos se desfazem quando morremos, porém que nossas almas podem ser consideradas como uma fênix. Quando o fim da guerra chega, nossa alma ressurge das cinzas como um novo ser. E é possível uma nova chance, numa guerra diferente, por ideais diferentes. Não é covardia... É inútil continuar lutando em uma guerra onde você só prevê a derrota. É inútil correr contra o tempo. É inútil a espera de um milagre, algumas coisas simplesmente não devem acontecer. Algumas pessoas nascem pra felicidade, pro brilho. E outras nascem pra viverem submersas na escuridão, como apoio e tapete para outrem. É assim que funciona na hierarquia da vida. Ou você luta e ganha ou passa o resto da sua vida sendo um perdedor. Todo mundo tem de ser bom em alguma coisa... é uma saída. Mas e quando não se é bom em nada? Bom, é nessa hora que você deixa o medo tomar as suas decisões. E é quando as coisas que a gente ama são deixadas para trás. É triste? É dramático? Sim. Mas é como a vida é. É como a guerra tem que ser, um tem que vencer, e o restante, não passam de perdedores. E uma vez perdedor, isso nunca mais sai de dentro de você.
   

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Faking

Fico pensando na facilidade que temos em fingir as coisas, e na preocupação que temos com a opinião alheia, principalmente as opiniões das pessoas com quem nos importamos. É inevitável que a gente se sinta um lixo quando as pessoas mais importantes não tem uma opinião agradável da gente. É engraçado como numa história entre duas pessoas sempre existe a lei do mais fraco e do mais forte. E por coincidência, o mais fraco é sempre o que sente mais. Eu não entendo como uma pessoa pode interferir tanto na nossa auto estima, ao ponto de sua opinião ditar quem você é. Se ele te diz que você é linda, então você se sente linda. Se ele não te diz nada, não importa o que os outros digam. Porque é claro que não adianta milhares de pessoas falarem o quanto você é linda se ele não diz. Não adianta sair com o cabelo mais perfeito e arrumado, se ele não nota. É incrível como a gente deixa de ser como a gente é, pra ser a nossa outra versão, a versão que só existe pra impressionar alguém. Não digo pelo caráter, pois acredito que o caráter, quando a gente tem, a gente não muda por nada nem ninguém. Eu digo pelo lado sentimental, mesmo. É incrível como nada mais importa na vida quando a gente não tem do lado quem se quer. 
E não adianta fugir, viajar, comprar um sorriso novo na lojinha na esquina. É simplesmente inútil tentar voltar a ser você quando você já foi a versão "dele". Cada dia mais eu venho tentando ser a outra pessoa que sempre fui. Aquela antes de conhecer o motivo de toda a minha dor de cabeça. Aquela que ficaria ótima com o elogio de um amigo. 
É engraçado como eu costumava ser a professora entre as amigas. Sempre ensinando e dando bronca nas minhas amigas pseudo apaixonadas quando elas choravam por um pseudo amor. E dai eu descobri que sempre fui uma pseudo professora, aliás. Porque qual o sentido de ensinar uma coisa que nem ao menos você segue?
Naquela fase pós relacionamento em que tudo o que eu sinto é raiva. Raiva do tempo perdido, das noites sem sono, e de não conseguir enxergar um sequer defeito em uma pessoa cheia deles. É ridículo deixar de ser a mulher que eu sou por uma pessoa que mal saiu das fraldas. Raiva da minha falta de responsabilidade comigo mesma. De mais uma ver estar nessa ladainha. Mas a gente finge um sorriso e ta tudo certo. E o sorriso que eu vou fingir na frente dele, com certeza vai ser o mais bonito...

Vai ser o mais bonito porque ele vai estar lá pra ver.


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Quem diria?

Quem diria, meu bem, que a gente fosse assim, tão complicado...
Quem nos via assim, sempre entrelaçados, poderia imaginar, que o gênero do nosso teatro, era o drama?
Que as cortinas se fecham, pouco mais tarde, e os atores envelhecem, e se cansam? 
Quem diria, meu bem... 
Que eu escreveria sobre você assim, com saudade. Que a nossa história ficaria assim, pela metade, eu sem você, e você sem mim... Quem diria!
Quem diria que pra você, fosse importar tão pouco assim, que nem ao menos lembraria, de mim... Quem diria, que você sobreviveria, sem arranhar a sua barba no meu rosto, e que não cumpriria, a promessa de não me deixar?
Quem diria meu bem, que você me odiaria, mesmo dizendo que jamais iria odiar... Quem diria....

E quem dirá um dia, uma palavra em defesa, daquela que até o fim esteve a lembrar? E quem sabe um dia, ao dobrar a esquina, e numa tarde vazia, a gente vai se encontrar... 

Quem diria? Meu bem... 

Colorir

Todas as manhãs levanta, atordoada, de alma pesada se arrasta pelos corredores da casa. Procura o pó de café no armário, prepara, e senta-se sobre a mesa. 
Por um segundo se deixa adormecer, e se perder entre seus pensamentos. [...]
É uma tarde chuvosa, ela segue por um caminho cujo destino não sabe qual. Caminha olhando pro chão e cada gota de chuva que cai. Conta cada gota, procura um significado. Seria o choro dos céus? O choro de Deus? O choro de famílias, mendigos nas ruas, viciados, homens sem esperança, abandonos? 


Segue calmamente pelas esquinas, mas não troca olhares com ninguém. Compara seus dias a um amontoado de névoa e cinza.
Passa em frente a porta de um restaurante, e percebe um cheiro familiar.
Doce, entorpecente, alucinante. Um cheiro como nenhum outro é parecido. Viaja pelo mundo todo em um aroma... E de repente o gosto amargo, o nó, o aperto. É onde ele está. Com seu casaco verde, como os olhos. Do outro lado do vidro ela se sente sem reação. Quer correr, dobrar a esquina e nunca mais olhar pra trás. Mas não se move. 

- Por onde anda? - Ele solta um sorriso irônico.
- Por ai...  

Sai novamente em caminhada, enchendo de cor e contraste o cinza, daquele dia. 
E parou de chover. 
O céu parou de chorar, e o sol apareceu. 
De repente era agradável viver. 
Num suspiro ela deseja andar... não por ai, mas por onde ele estiver.

"Ando sentindo sua falta"... - dá um gole no café, se levanta da mesa.
E volta pra cama. 

Pensamento

Eu queria, que de vez em quando você pensasse em mim. Nada avassalador ou muito polêmico, apenas um rápido flash entre uma refeição ou outra, talvez. 
Eu queria que de vez em quando você lembrasse. Por menos de dez minutos. De um dia sentados no banco na avenida, observando os carros passarem. 
Eu queria que você ousasse. Com uma garrafa ou duas de bebida barata, você aparecesse e me dissesse qualquer bobagem... 
E ja seria suficiente. Eu jamais ousaria lhe pedir mais do que isso. Afinal, pensar como eu o faria perder a cabeça. 
Eu queria que você falasse. Uma vez ou outra, poucas palavras, nada mais. 
Eu queria que você aparecesse, vez ou outra, em alguma esquina que eu dobrar. E pelo menos me olhe nos olhos, nada mais. 
Eu queria que você sorrisse. Pra mim, ou pra um outro alguém, mas que sorrisse. E que esse sorriso deixe claro que você ainda pense em mim. 
Eu queria que você estivesse, lendo uma ou duas palavras, talvez. 
Que ainda houvesse interesse nos meus assuntos clichês. 
Que ainda houvesse um pouco de saudade. 

Que ainda houvesse um pouco de você.       

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

As mulheres e o sexo.

Eu acho engraçado como as mulheres tratam o assunto sexo como uma coisa bizarra. Fazem aquela ceninha de surpresa quando algum homem toca no assunto mas na verdade já saiu com mais caras do que ele saiu com mulheres. Eu simplesmente não entendo, qual o grande problema de uma mulher ser segura de si e do seu corpo. 

A verdade é que não há nada de errado em manter relações com uma pessoa que você ama. Vocês se conhecem, se completam, e tem momentos maravilhosos juntos. E se divertem, o que há de tão errado nisso? 

Longe de mim ser uma pessoa que defende as meninas que saem com todos os caras que vêem pela frente, o que eu sou contra, são as famosas "cú doce".

Todo final de semana estão com um cara diferente. 
"Mais que xuxu na cerca". E quando o assunto é abordado simplesmente fazem aquela ceninha "ai que nojo, ai que horror, ai que absurdo".  
Juram ser as santas do rolê mas toda a rodinha de amigos já "comeu". 
E acham que ninguém percebe
E acham que ninguém vê. 

Sabe o que é lamentável?

Que esse tipo de pessoa descubra o sexo antes de descobrir o que é ser uma mulher, e o que é assumir a responsabilidade dos seus atos. 

Não estou dizendo que todas as nossas relações devem ser anunciadas. Afinal a intimidade... bem, o nome ja diz tudo né? ÍNTIMO!

Eu não vejo onde está o bicho de sete cabeças que deixa muitas mulheres aterrorizadas a falar sobre esse assunto, criando máscaras fingindo ser alguma alienada mal informada. Tratar sexo como uma coisa normal não te faz uma biscate. O que te faz uma biscate é sair com todos os caras que vê pela frente, e com seus amigos, e com os amigos dos seus amigos. O que te faz uma biscate é conhecer cada espaço do corpo de um cara antes mesmo de conhecer o seu caráter. 
É isso que te faz uma biscate, encare. 
E fingir que é boa samaritana não fará ninguém ter uma visão diferente de você. 

"Se não quer que ninguém saiba, não faça".

Obs: tirar fotos nuas que podem vazar na internet não é tratar sexo como um assunto normal. É exagero, não seja idiota. *Tive que fazer esse bem a humanidade*.



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Masoquismo feminino.

Durante todas as minhas experiências em relacionamentos que não dão certo, amizades que não dão certo, empregos que não dão certo entre outras coisas (que óbviamente não dão certo) eu parei pra pensar: Por que é que a gente insiste em algo que sabe que não tem mais solução?

Mulher tem essa mania estranha, de não conseguir guardar as coisas pra si. Ela pode até guardar, por um tempo, mas vai acabar soltando cedo ou tarde em um momento de insana coragem, seja pra pessoa em si, ou por indireta. 
Uma coisa que nós simplesmente não entendemos é que, se uma pessoa não se importa, não há o que você faça que mude isso, ela simplesmente não vai se importar. O pior é que todas sabemos disso, apenas não aceitamos. 
Qual a grande dificuldade de aceitar que alguma coisa finalmente chegou ao fim, e que a decisão mais sensata é manter-se em silêncio e seguir a sua vida?

Pensamentos como, "ele não fala comigo porque é orgulhoso", "se eu mandar essa indireta ele vai entender e vai vir me procurar", "eu sei que no fundo ele lembra de mim, e se eu postar aquela música ele vai lembrar" [...]
Estava pensando a respeito disso, pois é uma coisa que 90% de nós fazemos. O problema é que na prática, a teoria é outra. 

* Se ele não te procurou até agora, ele não sente sua falta.
* Ele postou aquilo, e não, não foi uma indireta pra você.
* Você postou a música que vocês ouviram algum dia em que estavam juntos, mas ele provavelmente nem se lembra disso.
* A maioria das suas indiretas só serviu pra que ele se sentisse com pena de você (pelo menos se ele tem alguma consideração, a maioria nem pena sente).
* Você continua checando o facebook do indivíduo 24 horas por dia, fica online o dia todo no caso de ele vir falar com você. = Se ele não falou com você até agora, ele não vai falar mais. 
* Se ele vem falar com você as vezes, não é saudade, ele só está te mantendo interessada.

O pior a respeito disso, é que todas nós sabemos. Apenas fingimos não saber. E aliás, você acaba de ler isso e se sentir um lixo. Sabe que é verdade. Mas daqui a 5 minutos vai postar mais uma fotinha de paisagem com frase romântica no facebook. Vai olhar pra trás e lembrar de todos os momentos com ele e pensar "ele não é assim", "ele ainda lembra dos momentos como eu me lembro". E infelizmente, o que é duro, até pra eu mesma escrever é: algumas pessoas simplesmente NÃO se importam. 
Pra você pode ter sido tudo, e pra ele pode não ter sido nada.

Eai você vai ler isso e pensar, nossa Anny, como você é negativa!
Nossa, você está generalizando, blablabla.
Só estou falando a verdade! Porque estou cansada de ver muitas mulheres como eu comentendo os mesmos erros, e se recusando a se dar um pouco de valor, a ter o mínimo de amor próprio!    

Fico pensando, até quando nós, mulheres, vamos continuar insistindo em uma coisa que não tem futuro. Continuar acreditando em uma coisa que está na cara que não vale a pena acreditar.  
Nos achando o gênio da lampada mágica, capaz de trazer a pessoa amada em um passe de mágica, (ou uma indireta)

Chame isso de burrice, amor, cegueira, esperança, masoquismo ou seja lá qual o nome.
Algumas coisas simplesmente chegam ao fim antes que estejamos preparadas pra isso. 

Ou eu estou errada? 

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